Como se proteger de bactérias e vírus na academia

A academia é um habitat de germes e as chances de entrar em contato com esses bichinhos são infinitas. Veja os cuidados para se proteger de bactérias e vírus.

Por Wilson Weigl

Nestes tempos de perigo no ar, é fácil ficar paranoico com medo de doenças. Tem gente que nem quer mais frequentar lugares públicos. Muita calma nessa hora! A gente tem que ficar atento, sim, mas sem exagero. Na academia, dificilmente se pega alguma doença grave durante o treino, mas não custa se proteger para evitar problemas banais (mas não menos chatos), como conjuntivite, micoses, frieiras e outros problemas de pele.

O coronavírus, assim como germes de muitas outras doenças, é transmitido principalmente pelo contato próximo com uma pessoa infectada (por meio de tosse e espirros, por exemplo). Mas o contágio também pode acontecer por meio de objetos. Não vou afirmar que você deve parar de treinar, mas vale tomar alguns cuidados extras para se proteger de bactérias e vírus na academia, e não só nestas épocas de medo coletivo.

A academia é um habitat de germes e as chances de entrar em contato com esses bichinhos são infinitas. Os halteres e barras vão de mão em mão o tempo todo, os bancos ficam impregnados de suor, se não forem limpos após o uso, e por aí vai.

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Toda academia que se preza tem faxineiros que circulam limpando as áreas de treino e os banheiros. E também oferece panos e desinfetantes para limpeza dos aparelhos depois do uso.

Entretanto, as barras, os halteres e as manoplas das bikes são lugares que dificilmente são limpos pelos faxineiros da academia. E podem, portanto, ser focos de germes.

Mas com uns poucos cuidados (simples aliás), a gente fica mais protegido. Isso inclui também ser higiênico e se preocupar com o bem-estar do próximo limpando os equipamentos após o uso. Veja como evitar perrengues na academia.

Não coloque a mão no rosto

Esse é um cuidado básico. Pense que suas mãos tocam equipamentos que estão sendo usados sucessivamente por dezenas de pessoas. Evite esfregar os olhos, levar a mão à boca, coçar o ouvido e tocar a pele do rosto durante os exercícios.

A conjuntivite, por exemplo, é uma doença comum e muito chata que deixa os olhos vermelhos, ardendo e com sensação de areia. Seu principal meio de transmissão são objetos contaminados, mesmo que não haja interação direta entre as pessoas.

Tocar o rosto com as mãos sujas também pode piorar quadros de acne, caso as espinhas sejam contaminadas por bactérias. Podem, inclusive, inflamar e virar foliculite.

Limpe os aparelhos antes de usar

Mesmo que os bancos pareçam limpos, são remotas as chances que os marombeiros tenham limpado o equipamento depois de usar. O mesmo vale para os colchonetes. As micoses, infecções da camada superficial da pele que causam descamação e coceira, podem ser contraídas quando se entra em contato direto com fungos, que prosperam em ambientes úmidos, como os aparelhos suados.

Caso você tenha espinhas nas costas, cuidado com os bancos e encostos suados, que podem infectar as lesões e transformá-las em foliculite. Use uma toalha para proteger as costas.

Limpe com cuidado os bancos e seus encostos, os selins e as manoplas das bikes, usando os paninhos com desinfetante em spray que a academia deve disponibilizar. E como você é um ser civilizado, pense no próximo e use o paninho e o desinfetante ou álcool para limpar o equipamento depois que usou.

Proteja machucados e feridas

Nossa pele normalmente é por si só uma imensa colônia de bactérias que vivem na superfície. Entretanto, cortes e feridas são potencialmente portas de entrada de germes compartilhados por outras pessoas.

Se estiver com um corte ou machucado na pele, proteja a ferida com um curativo para evitar que seja infectada ao entrar em contato com objetos contaminados, como bancos e toalhas.

Evite também coçar os machucados e espinhas com as mãos: elas podem estar cheias de micróbios.

Limpe seu telefone

Quando se manuseia os halteres e, em seguida, o celular, transfere-se germes para o telefone. Pelo manuseio constante, em todos os lugares, o celular por si só já concentra grande número de bactérias (mais até do que um vaso sanitário, segundo as pesquisas). O contato dele com o rosto suja a pele e contribui para a formação de espinhas e acne. Esse risco aumenta ainda mais na academia por causa dos germes presentes nos halteres e equipamentos.

Limpe periodicamente a tela e a capa do telefone com produtos específicos e, ao falar na academia, evite colocá-lo no rosto com as mãos sujas que seguraram os halteres durante o treino.

Use sandálias no vestiário

Nunca ande descalço no vestiário, no chuveiro ou na piscina da academia (ou do clube). Sempre use sandálias para andar ou tomar banho, para evitar que os pés fiquem em contato com o piso possivelmente contaminado por germes.

Lugares molhados, como a área dos chuveiros, são habitat de micróbios e fungos, como o tinea pedis, que causa a infecção conhecida por pé-de-atleta, cujos sintomas são coceira, descamação, rachaduras e vermelhidão. Depois de contaminar a pele, os micróbios crescem no ambiente escuro, quente e úmido de meias e calçados.

Afaste a boca do bebedouro

Bebedouros da academia são públicos e podem ter bactérias, micro-organismos, vírus e protozoários que causam doenças. Água com mau cheiro ou gosto ruim é sinal de falta de limpeza nas tubulações.

Mesmo que o bebedouro da academia seja limpíssimo, sempre que usar entre os exercícios, antes deixe a água correr durante alguns segundos. O mesmo cuidado vale para encher a garrafinha.

E evite aproximar muito a boca do bebedouro, já que outras pessoas podem ter tocado o local com os lábios, mesmo sem querer.

Só mãos limpas nas partes íntimas

Antes de urinar no meio do treino, lave bem as mãos com sabão antes de manusear suas partes. Os genitais são bem vulneráveis a germes que podem estar nos halteres e barras que você usou.

Nem precisa dizer que precisa lavar as mãos depois, ok?

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