Memória muscular: seu corpo nunca esquece

Fato científico: mesmo depois de você ter parado de treinar por um tempo, basta recomeçar para seus músculos recuperarem rápido o volume e a força, graças à memória muscular.

Homem No Espelho - Memória muscular - perda de massa - Músculos-hipertrofia-academia-treinoPor Wilson Weigl

Seus músculos não pensam, mas têm memória. “Lembram” dos treinos lá de trás e logo recuperam o tamanho e a força depois de você ter parado de treinar por um tempo. Está provado cientificamente que basta recomeçar. Os estudiosos divergem apenas num ponto: uns afirmam que os músculos guardam essa “memória” por uns 3 meses, enquanto outros defendem que elas podem permanecer durante a vida toda. Bom saber, não é?

Ao retomar a atividade física, apesar da diminuição visível, os músculos respondem rapidamente aos estímulos, da mesma forma de quando eram grandes e fortes, por causa das particularidades da estrutura das fibras (a explicação está mais abaixo). 

Mas o cérebro também ajuda nessa retomada, mais ou menos como andar de bicicleta: mesmo sem pedalar por décadas, nunca se esquece como ficar em equilíbrio e ir adiante. Essa memória dos movimentos, regida  pelo cerebelo, faz que a musculatura memorize um movimento já conhecido para que possa ser repetido no futuro (como os exercícios dos treinos).

Homem No Espelho - Treino -academia

Claro que isso não é desculpa para relaxar na atividade física, nem em casa, mas serve como alento para quem não consegue treinar tão pesado quanto costumava na academia. Também é um estímulo a quem precisa abandonar o exercício por causa de uma lesão, uma viagem longa ou excesso de trabalho.

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O princípio é esse: o treino adiciona novos núcleos às células musculares, o que faz que aumentem de tamanho. Segundo estudos, esses novos núcleos permanecem ativos por 3 meses, pelo menos. Mas há evidências de que eles nunca se perdem durante a vida.

O ganho de massa ocorre porque as células musculares nascem “equipadas” para aumentar de tamanho diferentemente de células de outras partes do corpo (pense no coração ou nos olhos, por exemplo). Elas são maiores e contém vários núcleos, o que permite que se repliquem e se combinem para formar novas fibras musculares, capazes de se contrair e estender. Como pequenas “fábricas”.

O treino acrescenta núcleos às células musculares e pequenas células “satélites” começam a se acumular em volta desses núcleos, deixando os músculos maiores e mais fortes. Quanto mais os músculos são exigidos (quanto mais pesado você treina), mais novos núcleos vão surgindo, com suas respectivas células satélites.

Treino firme e dieta adequada (com carboidratos e proteínas nas quantidades corretas) possibilitam a esses núcleos criarem fibras musculares maiores e mais fortes.

Ao parar de malhar, obviamente se perde massa, porque as células satélites se atrofiam. Mas na hora em que se volta a treinar, as células nucleares (que permaneceram no corpo) “despertam” e recomeçam a trabalhar. Segundo os estudos, a parte mais difícil de ganhar músculos, que é criar os tais núcleos, já está pronta e eles imediatamente entram de novo em ação.

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Segundo os especialistas, parece também que quanto mais cedo na vida você começa a treinar, colhe à frente mais benefícios da memória muscular. Porque à medida em que se envelhece fica mais difícil começar a trabalhar do zero a hipertrofia muscular (pelo menos para a maioria das pessoas).

Recuperar o tamanho e a força muscular não vai exigir tanto tempo e esforço quanto na época em que você foi à academia pela primeira vez (a gente acha que foi há muito tempo atrás). Graças à memória muscular. Eita memória boa!Natue

https://www.instagram.com/homemnoespelho/

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